Contemplar os mistérios da Salvação. «O Rosário da bem-aventurada Virgem Maria consta […] da contemplação, em comunhão com Maria, de uma série de mistérios da Salvação, sapientemente distribuídos em três ciclos que exprimem: o gozo dos tempos messiânicos; a dor ‘salvífica’ de Cristo; e a glória do divino Ressuscitado que inunda a Igreja. Uma tal contemplação, pela sua natureza, conduz à reflexão prática e suscita estimulantes normas de vida» (Paulo VI, MC 49).
Analogia com o Saltério. « O Rosário da Virgem Maria consta […] da sucessão litânica da Ave-Maria, que resulta composta da saudação do Anjo à Virgem Santíssima e do bendizente obséquio de Isabel, ao que se segue a súplica eclesial Santa Maria. A série continuada das Ave-Marias é uma característica peculiar do Rosário, e o seu número, na forma típica e plenária de cento e cinquenta, apresenta uma tal ou qual analogia com o Saltério e é um dado que remonta à própria origem do piedoso exercício» (Paulo VI, MC 49).
O Pai nosso e a Glória. Cada mistério começa com «a Oração Dominical, Pai-Nosso, que, pelo seu imenso valor, está na base da oração cristã e a nobilita nas suas diversas expressões». E termina com «a Glória ao Pai, que, em conformidade com uma orientação generalizada da piedade cristã, encerra a oração com a glorificação de Deus, uno e trino, do qual, pelo qual e para o qual são todas as coisas» (Paulo VI, MC 49).
A riqueza e variedade do Rosário. «Cada um dos elementos do Rosário tem a sua índole própria, que, acertadamente compreendida e apreciada, deve refletir-se na recitação, a fim de que o mesmo Rosário exprima toda a sua riqueza e variedade. Essa recitação, por conseguinte, tornar-se-á: grave e implorante, na Oração Dominical; lírica e laudativa, no transcorrer calmo das Ave-Marias; contemplativa, na reflexão atenta sobre os mistérios; e adorante na doxologia» (Paulo VI, MC 49).
Rezar a sós, em família, em grupo. A riqueza e variedade há de notar-se também «em todas as maneiras como costuma ser recitado o Rosário: quer privadamente, recolhendo-se aquele que ora na intimidade com o Senhor; quer comunitariamente, em família ou por vários fiéis reunidos em grupo, para criar condições para uma particular presença do Senhor (cf. Mateus 18,20), ou, ainda, publicamente, em assembléias para as quais é convocada qualquer comunidade eclesial» (Paulo VI, MC 49).
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Maio 2014 — Mês de Maria: Feliz daquela que acreditou | 22 — pdf