Disseram-nos que queres nascer outra vez.
És mesmo doido, sabias?
Mas, não vês o que somos
e o que estamos a fazer?
E, contudo, Tu queres vir.
Já não sei se, ao insistires em voltar, cada Natal,
estás a querer dizer-nos alguma coisa:
Que o céu está sempre aberto,
que há estrelas para guiar os nossos passos,
que há anjos humanos a nosso lado,
que podemos ser ternos como crianças,
que o mundo pode ser novo,
que Deus é Pai e Mãe na nossa desorientação...
Que nadamos na abundância
enquanto há irmãos, teus e nossos,
que padecem fome de pão,
de cultura, de liberdade, de carinho, de dignidade...
Que temos uma mensagem chamada Evangelho
que no entanto não é boa notícia para todos,
porque nós o desvirtuamos e não o vivemos.
Que temos medo de viver
e fechamos o nosso coração aos irmãos.
Que nos preocupamos muito connosco
e nos justificamos diante ti dando esmolas.
Que não sabemos repartir
e que Tu continuas a encontrar
as nossas portas fechadas...
Se assim é, Jesus,
vem às nossas casas neste Natal,
vem à nossa família,
vem à nossa cidade,
vem à nossa paróquia,
vem ao nosso grupo,
vem ao nosso mundo...
E vem, principalmente,
ao nosso pobre coração.
Florentino Ulibarri
— tradução de Lopes Morgado —
És mesmo doido, sabias?
Mas, não vês o que somos
e o que estamos a fazer?
E, contudo, Tu queres vir.
Já não sei se, ao insistires em voltar, cada Natal,
estás a querer dizer-nos alguma coisa:
Que o céu está sempre aberto,
que há estrelas para guiar os nossos passos,
que há anjos humanos a nosso lado,
que podemos ser ternos como crianças,
que o mundo pode ser novo,
que Deus é Pai e Mãe na nossa desorientação...
Que nadamos na abundância
enquanto há irmãos, teus e nossos,
que padecem fome de pão,
de cultura, de liberdade, de carinho, de dignidade...
Que temos uma mensagem chamada Evangelho
que no entanto não é boa notícia para todos,
porque nós o desvirtuamos e não o vivemos.
Que temos medo de viver
e fechamos o nosso coração aos irmãos.
Que nos preocupamos muito connosco
e nos justificamos diante ti dando esmolas.
Que não sabemos repartir
e que Tu continuas a encontrar
as nossas portas fechadas...
Se assim é, Jesus,
vem às nossas casas neste Natal,
vem à nossa família,
vem à nossa cidade,
vem à nossa paróquia,
vem ao nosso grupo,
vem ao nosso mundo...
E vem, principalmente,
ao nosso pobre coração.
Florentino Ulibarri
— tradução de Lopes Morgado —